terça-feira, 11 de maio de 2010

HISTÓRICO DE IPIAÚ

História
      O marco inicial da colonização do Município de Ipiaú datada da segunda década do século passado, aproximadamente 1913. Antes a região era habitada pelos índios Tapuias, quando surgiram os primeiros desbravadores, tendo como pioneiro Raimundo Santos, conhecido como Raimundo Crente. O lugarejo foi chamado de Rapa-tição e, segundo alguns, a origem desse termo deveu-se uma briga entre duas mulheres que se serviam de lenha em brasa como arma, enquanto outros explicam que tal nome era corruptela da palavra "Repartição", pois que no arraial funcionava um posto de arrecadação de tributos fiscais, instalado em 1916 pela Intendência de Camamu.

      A 1º de agosto de 1916, Rapatição passou à categoria de distrito, com o nome de Alfredo Martins, pertencente ao município de Camamu. Em 1930 foi elevado a sub-prefeitura, com o nome de Rio Novo e em 1931 foi desmembrado do município de Camamu e anexado a Jequié.
      Finalmente, por força da Lei Estadual nº 8.725 de 02 de dezembro de 1933, assinado pelo então Governador Juracy Magalhães, foi criado o município de Rio Novo, cuja denominação se explica devido às modificações no leito do Rio Água Branca, afluente do Rio das Contas, que banha aquela região.
     Mais tarde, exatamente em 31 de dezembro de 1943, uma reformulação administrativa impôs a mudança do nome de Rio Novo, ao proibir a existência, no Brasil, de duas localidades com a mesma denominação. Assim, surgiu o novo nome Ipiaú, que quer dizer "rio novo" na língua Tupi.
    O município está constituído hoje, além de sua sede, pelo povoado de Córrego de Pedras.

Início da Política
      Desde sua emancipação em 1933, a política em Ipiaú (antigo Rio Novo) foi monopolizada por grupos políticos de caráter conservador. Entre eles, estava o Partido Social Democrático (PSD), fundado na Bahia em 1933 por Juracy Magalhães, que como tática passou a cooptar prefeitos para sua legenda, com o objetivo de ampliar sua influência política no interior do estado. Em Rio Novo, Antônio Augusto de Sá fundou o Diretório Municipal do PSD em 1934; havia também a Ação Integralista Brasileira (AIB), com núcleo em Rio Novo, fundado em 1934 e presidido pelo engenheiro civil Antônio de Almeida Souza Filho.

     O município registrava cerca de três mil integralistas. Na campanha para as eleições de janeiro de 1936, as disciplinadas falanges integralistas mostravam ser fortes concorrentes do PSD governista, e das velhas oligarquias que controlavam os currais eleitorais. Vereadores integralistas foram eleitos através do Estado, inclusive na capital e nos municípios de Jequié, Poções, Ipiaú, Mundo Novo, Itabuna, Maragogipe, etc.
      Havia também no município o Partido Rio Novo Altivo (Partido Autonomista). Tais partidos disputavam espaço político, conseqüentemente organizavam suas táticas para obterem vitória nas eleições, previstas para 15 de janeiro de 1936, onde seriam eleitos, pela primeira vez no município, através do voto direto, prefeito e vereadores.


     Apurados os votos, as eleições tiveram os seguintes resultados: foi eleito Leonel Dias Andrade (PSD), com 542 votos; Aristóteles Andrade (Ação Integralista Brasileira-AIB) alcançou 382 votos e Moisés Santos (Partido Rio Novo Altivo) obteve 10 votos. Nota-se que, o fato de o governador Juracy Magalhães dirigir o PSD, não impediu que o candidato da Ação Integralista Brasileira, partido de oposição, obtivesse expressiva votação.
     Em Ipiaú, após a emancipação na década de 1930, não se identificou a presença da Aliança Nacional Libertadora (ANL), nem mesmo a existência de munícipes ou grupo de orientação comunista.
     Entretanto, a partir de abril de 1963, o município de Ipiaú teve um prefeito com perfil atípico: ex-militante do Partido Comunista do Brasil (PCB) Euclides Neto era intelectual, escritor e advogado, com sensibilidade aguçada às agruras dos trabalhadores rurais.

Geografia
     O município de Ipiaú pertence à Microrregião Homogênea 154 - Cacaueira - segundo divisão adotada pelo IBGE, compreendendo uma área de 267 km², equivalente a 0,05% da área total do Estado, situando-se dentro das coordenadas geográficas: 14º07'55" de latitude sul e 39º44'55" de latitude oeste.

      De acordo com a Divisão Territorial Administrativa de 1964/68, o município limita-se ao Norte com Ibirataia e Jequié, ao Sul com Itagibá, ao Leste com Ibirataia e Barra do Rocha e ao Oeste com Aiquara e Jitaúna.
      Com o município de Aiquara: começa na foz do Ribeirão da Preguiça no Rio das Contas, subindo pelo talvegue deste, até a foz do Ribeirão da Pedra Branca.
      Com o município de Jitaúna: começa no Rio das Contas na foz do Ribeirão da Pedra Branca ou Córrego de Pedras, pelo qual sobe até a foz do Ribeirão da Sapucaia.
      Com o município de Jequié: começa na foz do Ribeirão da Sapucaia no Córrego de Pedras, subindo por este até a sua nascente, onde alcança o marco fronteiro na Serra Geral.
      Com o município de Ibirataia: começa na Serra Geral, no marco fronteiro à nascente do Córrego de Pedras, seguindo pelo divisor de águas da Serra do Tororó, até o marco da reta que liga à nascente do Ribeirão do Retiro ao marco do encontro dos divisores de águas da serra do Fuá e da Boa União, segue por esta reta até o último marco referido, daí, pelo divisor das águas da serra do Fuá até o seu extremo sul, daí em reta para o extremo sul da serra da Boa União até o marco na margem do Riacho da Formiga.
      Com o município de Barra do Rocha: começa no marco na reta que liga o extremo sul da Serra da Boa União ao extremo sul da Serra do Fuá, situada na margem do Riacho da Formiga, descendo por este até sua foz no Rio das Contas.
     Com o município de Itagibá: começa na foz do Riacho da Formiga no Rio das Contas e sobe pelo talvegue deste até a foz do Ribeirão da Preguiça.
     A sede do município de Ipiaú dista 353,1 km (via BR-101) e 409 km (via BR-116) de Salvador, 112 km de Itabuna e 138 km de Ilhéus.

Clima

      O município de Ipiaú é classificado climaticamente segundo Koeppen como sendo do tipo Am. É um clima de transição entre Af - chuvas abundantes acima de 1.300mm anuais As e Aw, o primeiro com estação de chuvas concentradas no outono/inverno, e o segundo, com período de chuvas concentrado na primavera/verão. Koeppen ainda considera que a faixa de transição climática em estudo, Am, apresenta estação seca pouco pronunciada, compensada pelos totais anuais elevados.

Economia

A economia de Ipiaú, como a de toda a região cacaueira, tem por carro chefe a lavoura do cacau. A indústria é pouco expressiva, destacando-se apenas duas fábricas de polpas de suco. Recentemente está sendo implantada uma mineradora de níquel, que, provavelmente, irá trazer prosperidade econômica para o município. Destaca-se ainda a pecuária extensiva, respaldada pelo rico solo massapê da região e ultimamente o plantil de cana, para a produção de cachaça. O cacau já trouxe muita riqueza à região, contudo a sua cultura, devido à vasoura-de-bruxa e aos baixos preços, decaiu, trazendo desemprego e pobreza à região que, devido à cacauicultura, já chegou a contribuir com quase 50% do PIB baiano.

Administração

Prefeito: Deraldino Alves de Araújo (2009 a 2012)

Presidente da Câmara: José Andrade Mendonça (2009 á 2010)

Prefeitos anteriores:


  • Antonio Augusto Sá (1933-1935)

  • Leonel Andrade (1936-1940)

  • Jaime Pontes Tanajura (1940-1943)

  • Agostinho Cardoso Pinheiro (1943-1945)

  • Antonio Lisboa Nogueira (1945-1946)

  • José Borges de Barros (1946-1946)

  • Sandoval Fernandes Alcântara (1946-1949)

  • José Borges de Barros (1949-1950)

  • Pedro Caetano Magalhães de Jesus (1950-1951)

  • José Muniz Ferreira (1951-1955)

  • Salvador da Matta (1955-1959)

  • José Mota Fernandes (1959-1963)

  • Euclides José Teixeira Neto (1963-1967)

  • José Mota Fernandes (1967-1971)

  • Salvador da Matta (1971-1973)

  • Hildebrando Nunes Rezende (1973-1977)

  • José Borges de Barros Junior (1977-1982)

  • Hildebrando Nunes Rezende (1983-1988)

  • Miguel Cunha Coutinho 1989-1992)

  • Ubirajara Souza Costa 1993-1996)

  • José Mota Fernandes 1997-2000)

  • José Andrade Mendonça(2001-2008)

  • Sandra da Purificação Lemos de Santana (2008)
    Filhos ilustres

    • Euclides José Teixeira Neto - Advogado, escritor, ex-prefeito e ex-secretário estadual de agricultura.
    • Nestor Mesquita Martins - Médico, Cacauicultor, como cacauicultor foi considerado o maior plantador individual de cacau do mundo.
    • José Borges de Barros - Médico, Cacauicultor, pioneiro na médicina municipal,criou a primeira casa de saúde da cidade.
Referências


↑ 1,0 1,1 Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ Estimativas da população para 1º de julho de 2008 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2008). Página visitada em 5 de setembro de 2008.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ 4,0 4,1 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

FERROVIA OESTE-LESTE: Trilhos carregam sonho de uma vida melhor

      O povoado de Esquiva é apenas um pequeno arruamento poeirento, sem calçamento, com dez casas e uma pequena igreja. A área, onde dezenas de famílias se dividem em sítios no cultivo de lavouras de subsistência, pertence a São Desidério, município com a maior área no Oeste da Bahia, a 869 quilômetros de Salvador. Para chegar ao local, a partir do núcleo urbano, são 50 quilômetros de estrada asfaltada e mais oito de barro. É nesse cenário rural que uma tosca placa de madeira alimenta os sonhos do lavrador Diomar Vieira.

      “Lote – 02 Ferrovia da Integração TO-BA/Geofísica/SEV Nº530+720 (estaca)/Rio Calheira, Estiva”. É o que está escrito na placa do levantamento do traçado da obra fincada ao chão no meio do mato e que assegura a passagem, por ali, dos trilhos da ferrovia. Trabalhador rural, Diomar vive a expectativa de dias melhores com a chegada da Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol): “A gente aqui tá pronto pra trabalhar”. Hoje, ele sobrevive do cultivo de mandioca, milho e feijão. Para quem vive na região, em núcleos urbanos ou rurais, a ferrovia traz a esperança da redenção com um ciclo de desenvolvimento.

     Em território baiano, os trilhos vão atravessar 32 municípios, num percurso de 1,1 mil quilômetros, desde Ilhéus até São Desidério, passando por Caetité e Barreiras. Ao longo desse trajeto, a ferrovia vai viabilizar grandes e pequenos empreendimentos, favorecer o escoamento da produção agrícola e empregar diretamente 30 mil pessoas durante o período da construção, que deve começar em junho deste ano e terminar no final de 2012.

ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO – O agronegócio -algodão, milho, café e soja - no oeste será favorecido com o transporte ferroviário. A soja, que tem a maior área plantada na região, produziu este ano uma safra recorde de 2,9 milhões de toneladas. A competitividade da agricultura baiana fica maior, diz o vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Sérgio Pitt. “Só temos hoje o modal rodoviário e, quando chega a safra, o frete dobra de preço, o que faz do transporte um dos nossos principais custos”, explica Pitt.

Licitação para construção já está em andamento

      O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Jaques Wagner participaram, em Ilhéus, no final do mês passado, do lançamento do edital de licitação que vai escolher as empresas que farão os 14 lotes da construção de Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol), considerada uma das principais obras de infraestrutura do Brasil. A previsão é de que a primeira etapa da construção da ferrovia esteja concluída no primeiro semestre de 2011, a segunda no primeiro semestre de 2012 e toda a ferrovia até o final de 2012.

      Ilhéus é o ponto final da ferrovia, que sai de Figueirópolis, no estado do Tocantins, e percorre 1,4 mil quilômetros até chegar ao mar, entrando na Bahia pelo município de São Desidério, na região Oeste. No caminho, ela passa por 32 municípios baianos e cruza o estado de ponta a ponta, no sentido oeste-leste. A Fiol também vai interligar a Bahia a outros estados, pelo cruzamento com a Ferrovia Sul-Norte, que terá 3,1 mil quilômetros, entre o Pará e São Paulo. A ferrovia faz parte de um projeto que une o oceano Atlântico ao Pacífico, por meio de uma malha ferroviária.

IDÉIA DE UM BAIANO – O projeto da Ferrovia Oeste-Leste foi desenvolvido pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., empresa do Ministério dos Transportes especializada na construção de ferrovias. A inspiração vem do projeto concebido pelo engenheiro baiano Vasco Neto, há cerca de 50 anos. Para realizar a construção, a obra foi dividida em três etapas: a primeira, entre Ilhéus e Caetité, terá 530 quilômetros, a segunda, entre Caetité, Barreiras e São Desidério, 413 quilômetros, e a terceira, de São Desidério a Figueirópolis (TO), 547 quilômetros.

      Segundo o governador Jaques Wagner, a Ferrovia Oeste-Leste será uma importante alternativa para o transporte de cargas, estimulando novos investimentos e potencializando as exportações baianas. “Esta é a maior obra de infraestrutura da história da Bahia. É a garantia do escoamento da produção agrícola e mineral e vai contribuir muito para o crescimento do estado”, afirmou.
      Vantagens estratégicas – Com previsão de investimento de R$ 6 bilhões até 2012, a Ferrovia Oeste- Leste deve gerar mais de 30 mil vagas de trabalho durante sua construção. As vagas estarão espalhadas ao longo do trajeto, ampliando a descentralização dos empregos na Bahia.

      Entre as vantagens previstas com a construção da Ferrovia Oeste-Leste no estado estão: a redução de custos sociais e privados dos transportes de insumos e produtos diversos; o aumento da competitividade dos produtos do agronegócio com possibilidade de implantação de novos polos agroindustriais e de exploração de minérios e a dinamização das economias locais, alavancando novos empreendimentos na região, com aumento da arrecadação de impostos, conexão com a malha ferroviária nacional, além de geração de cerca de 30 mil empregos diretos.

Ipiaú: Nutricionista inspeciona qualidade da merenda escolar


A fim de acompanhar de perto os trabalhos realizados nas unidades escolares do município, bem como avaliar o nível de aceitação da merenda escolar por parte da comunidade estudantil, a nutricionista Maria de Fátima Reis Pinheiro continua mantendo contato com alunos e pais, colhendo informações sobre a qualidade da merenda escolar oferecida, bem como orientando as famílias sobre a necessidade de uma alimentação balanceada na própria casa.
     Na última quarta-feira, dia 05 de maio, a nutricionista visitou a Escola Municipal Coração de Jesus, onde também foram realizadas ações importantes como verificação de pressão artéria, medição e verificação do peso de todos os alunos, através da Coordenação de Atenção Básica, da Secretaria Municipal da Saúde.

     De acordo com a secretária de Educação de Ipiaú, Zoraide Vieira Cruz, as visitas realizadas pela nutricionista às unidades escolares do município, fazem parte do programa desenvolvido pelo município, visando a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos à comunidade estudantil da rede municipal.

domingo, 9 de maio de 2010

PAPAMEL DISCUTE A FERROVIA OESTE-LESTE


Ilheús- Através de dois dos seus membros mais antigos e autênticos, os coordenadores Emidio Neto e Deraldo Cerqueira, o Grupo Ecológico Humanista Papamel marcou presença na Audiência Pública promovida pelo Ibama, no dia 27 de fevereiro, no Centro de Convenções de Ilhéus, para discutir a implantação da Ferrovia Oeste-Leste que ligará as cidades de Figueiropolis,no estado de Tocantins, a Ilhéus, na Bahia, com o objetivo de contribuir para o escoamento da produção de minério de ferro, grãos e farelos, álcool, açúcar e algodão, biocombustível e derivados de petróleo.Mais de 50 municípios baianos, inclusive Ipiaú, serão cortados por essa estrada de ferro que segundo o governo federal dará impacto significativo no desenvolvimento da Bahia,tendo como destaque o agronegócio do Oeste baiano e as jazidas minerais da área de Caetité.

      Muito oportuna foi a participação do Papamel nessa Audiência Pública que atendeu a uma determinação da lei e teve como objetivo possibilitar a sociedade em geral interessada, conhecer os resultados dos Estudos de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental, o EIA/RIMA, para na oportunidade questionar, criticar, denunciar, sugerir e realizar reivindicações que auxiliem aos técnicos do IBAMA na elaboração de um Parecer Técnico a favor ou contra e suas recomendações e condicionantes.Após as manifestações orais do representante do PAPAMEL, Emídio Neto, o Superintendente do IBAMA na Bahia, Célio Pinto, solicitou que lhe fosse entregue por escrito as solicitações e críticas,ou seja,as condicionantes, apresentadas pela entidade.
Condicionantes

     Na íntegra são as seguintes condicionantes apresentadas pelo PAPAMEL, através de Emídio e Deraldo Cerqueira ao IBAMA, em relação ao Projeto da Ferrovia Oeste Leste: Localização dos Canteiros de Obras fora dos centros urbanos; implantação de alojamentos fora das cidades; implantação em regime de parcerias com os municípios de museus locais e apoio aos existentes, para recebimento e conservação dos achados arqueológicos;desenvolvimento de programas permanentes de formação e qualificação de mão de obra para atendimento das demandas do projeto; implantação de Comissão Interinstitucional de Acompanhamento do Empreendimento para todas as fases; que fique assegurado e garantida a operação de vagões para transporte de passageiros, como uma significativa contrapartida social; apoio a implantação e manutenção do Parque Nacional de Boa Nova, que está emperrado há mais de dois anos nos gabinetes do governo federal; garantia de que a infraestrutura usada nos canteiros de obras e alojamentos será doada para a municipalidade.

      Além das condicionantes apresentadas os representantes do Grupo Ecológico Papamel solicitaram cópia da gravação da audiência e dos documentos decorrentes,assim como a realização de uma reunião pública no município de Ipiaú.No que se refere à recomendação consta o licenciamento ambiental do empreendimento seja feito conjuntamente entre IBAMA e órgãos ambientais do Estado, de modo a facilitar a fiscalização e monitoramento do mesmo.O ponto principal das criticas feitas pelo Papamel ao projeto está centrado na indisponibilidade do EIA/RIMA físico nas comunidades, a exemplo da Prefeitura de Ipiaú.


Compensações ambientais

      Os membros da Coordenação Geral do PAPAMEL, Deraldo Cerqueira e Emídio Neto, conversaram com representantes de instituições parceiras, a exemplo do Instituto Cabruca, a respeito da importância de se discutir um plano de compensações ambientais compatíveis com as reais necessidades da região e propuseram que a entidade lance uma grande campanha em defesa do transporte ferroviário de passageiros, o que além de representar uma alternativa ecológica de transporte, representa economia e segurança para a população.